Odair Nunes Advocacia

Fui demitida grávida: e agora? Entenda seus direitos e o que fazer

A demissão durante a gravidez ainda é uma realidade.

Apesar dos avanços nas leis trabalhistas e do aumento da conscientização sobre os direitos das mulheres, muitas grávidas ainda passam por situações injustas no trabalho. Uma das mais delicadas é a demissão durante a gestação. Todos os dias, surgem novos relatos de mulheres dizendo: “Fui demitida grávida e não sabia o que fazer.”

Infelizmente, nem todas as empresas seguem a lei como deveriam. Algumas ignoram completamente a estabilidade garantida pela legislação. Outras, mesmo sabendo da gravidez, tentam disfarçar a demissão com desculpas mal justificadas.

O mais preocupante é que, muitas vezes, a própria mulher acaba acreditando que não tem direito a nada. Ela aceita a situação calada, por medo, insegurança ou falta de informação. Mas a verdade é que você tem direitos, sim! E eles são protegidos por lei.

Por isso, neste artigo, vamos conversar sobre o que acontece quando você é demitida grávida, quais são os seus direitos e o que pode (ou deve) ser feito para garantir a sua proteção.

 

Você tem estabilidade no emprego durante a gravidez

O que a lei diz sobre a demissão na gravidez

De forma bem direta: a lei te protege desde o momento da concepção até cinco meses após o parto. Isso quer dizer que, mesmo que você ainda não saiba que está grávida, se for demitida nesse período, a estabilidade já está valendo.

Essa proteção está garantida na Constituição Federal e também na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Ou seja, é um direito seu, e nenhuma empresa pode ignorar isso.

Mesmo se você estiver em contrato de experiência ou contrato temporário, a estabilidade continua válida. O que importa é estar grávida no momento da demissão.

 

Mas fui demitida grávida mesmo assim é possível reverter a demissão?

Se você já ouviu ou viveu algo assim: “Fui demitida grávida e só descobri depois”, saiba que ainda é possível buscar a sua reintegração ao trabalho ou, se preferir, uma indenização correspondente a todo o período de estabilidade.

Você não precisa aceitar o que aconteceu como se fosse normal. Existem caminhos legais para reverter essa situação. E quanto antes você agir, melhor.

Geralmente, o primeiro passo é procurar um advogado trabalhista. Ele vai analisar os documentos da demissão, a comprovação da gravidez e indicar a melhor forma de agir, seja por meio de uma ação judicial ou até uma negociação direta com a empresa.

 

Importância de agir com rapidez

Não espere demais para procurar ajuda

Quanto mais tempo você espera, mais difícil pode ser comprovar os fatos. Então, se você está dizendo para si mesma “fui demitida grávida e não sei o que fazer”, a resposta é: procure orientação imediatamente.

Guardar exames médicos, mensagens trocadas com o RH ou com o chefe e até testemunhas pode ajudar bastante. Tudo isso serve como prova e fortalece seu caso.

 

você não está sozinha – a lei e nós estamos com você.

Ser demitida grávida é uma situação difícil, emocionalmente e financeiramente. Mas a boa notícia é que você não está desamparada. A lei está do seu lado. A informação é uma das suas maiores armas, e buscar ajuda é o primeiro passo para mudar essa realidade.

Se você passou por isso ou conhece alguém que esteja passando, compartilhe esse conteúdo. Muitas mulheres só descobrem seus direitos tarde demais. E você pode fazer a diferença!

 

Perguntas frequentes sobre ser demitida grávida

1. Posso ser demitida grávida mesmo com estabilidade?

Não. A estabilidade começa desde a concepção até cinco meses após o parto. Qualquer demissão nesse período é considerada ilegal.

2. E se eu for demitida e só descobrir que estava grávida depois?

Você ainda pode exigir seus direitos, desde que comprove que estava grávida no momento da demissão.

3. Tenho direito à estabilidade mesmo em contrato de experiência?

Sim. A estabilidade vale para contrato de experiencia e temporário, só é não reconhecido para contrato de trabalho por prazo determinado.

4. Posso escolher receber uma indenização em vez de voltar ao trabalho?

Depende, se não houver mais a possibilidade de voltar ao trabalho a empregada pode receber a indenização em dinheiro. 

5. Preciso de um advogado para resolver isso?

Sim, um advogado trabalhista vai te orientar corretamente e aumentar suas chances de conseguir uma solução justa.

 

ODAIR NUNES - OAB/SP 409.330

Advogado especializado na área trabalhista, conhecido por sua atuação competente e dedicada. Criador do canal Saber Trabalhista, voltado para a disseminação de conhecimento trabalhista, oferecendo artigos e ajudando os interessados em saber mais sobre seus direitos!